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O processo de embebição
refere-se à adsorção da água por constituintes
do protoplasma e da parede celular, especialmente aqueles de dimensões
macromoleculares (polipeptídeos, proteínas, polissacarídeos,
etc.). Como a osmose, a embebição pode ser considerada
também um tipo especial de difusão, pois o movimento
de água se processa no sentido do gradiente de potencial
hídrico. Entretanto, as forças responsáveis
pela retenção da água pelas macromoléculas
são microcapilares e de superfície (ligações
de hidrogênio e eletrolíticas) em virtude das características
dipolares da água. Sendo o componente mátrico ( m)
responsável por expressar todas as forças das macromoléculas
responsáveis pelo fenômeno de embebição.
As forças desenvolvidas pela embebição são
muito intensas, em virtude da expansão alcançada
pela substância que adsorve á água. Se durante
a embebição a substância está confinada,
há o desenvolvimento de uma grande pressão sendo
responsável, por exemplo, pelo rompimento dos tegumentos
das sementes ou pela quebra de rochas se o material está
situado dentro de fendas.
A embebição da água por colóides hidrofílicos
(por exemplo, polipeptídeos, proteínas e ácidos
nucléicos) aumenta a estabilidade dessas substâncias
ao déficit hídrico possivelmente em virtude da tenacidade
com que as moléculas de água são retidas,
o que concorre para manter a organização estrutural
funcional destes biocolóides, mesmo sobre condições
hídricas desfavoráveis.
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Relações
hídricas por Antonio Vieira© 2002
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